Era uma vez um menininho. Morador da Zona Leste da cidade de São Paulo, estudante de Letras, com engajamento em orientação sexual e representante discente da USP.
Por causa de seu status de representante, foi convidado para participar de um Congresso, promovido por uma pró-reitoria da USP, em um local com excelentes serviços de quarto e pago com a verba da universidade. A viagem foi feita em ônibus de viagem, em que os docentes, funcionários e o aluno em questão dividiam o mesmo transporte.
No retorno da viagem, numa conversa entre funcionários graduados (diretores) e alguns docentes, o nosso menininho, morador da Zona Leste da cidade de São Paulo, representante discente e engajado, solta a sua fabulosa pérola: “Acho que os funcionários e os professores deveriam ir em ônibus separados”.
Sabendo que ele não era nem docente e nem funcionário, como deveríamos mandar este representante discente que esqueceu a sua própria origem pobre para São Paulo?
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